sexta-feira, 27 de maio de 2016

#16 - O Mistério de Marcela // parte 2

 Caso não tenha lido a primeira parte, clique aqui, depois retorne para essa página ;)



 Marcela não acreditava no que via em sua frente, sem pensar palavras surgiam de sua boca e suas dúvidas nunca eram sanadas -"Filho? Porque fez isso? Porque alguém igual a mim está morta no chão? Você fez tudo isso?"- ele a encarou, sorriu de lado e respondeu -"à tempos estamos atrás de você Marcela"- sem deixar que continuasse ela fez outra pergunta -"Por que está dizendo isso filho?"
"EU NÃO SOU SEU FILHO" berrou o garoto!
  Naquele instante ela não conseguiu segurar e lágrimas começaram a cair, como chuvas em um dia de tempestade. Com poucos movimentos, perplexa e trêmula, ela pensou em fugir, mas ao virar-se a porta havia trancado em sua cara.
"Não vai sair daqui até que a ordem nos dadas sem imposta".
  Ela correu e logo pensou em ir ao banheiro, chegou lá e trancou-se. Pensava que seria sua última noite viva, seu coração palpitava tanto que parecia que a qualquer momento  saltaria pra fora.   O silêncio pairava sobre aquele cômodo, mas não por muito tempo, dois minutos depois o "filho" dela voltava a assombrá-la com gritos e barulhos feito na porta, como se fossem chutes e socos. Ela rapidamente ligou pro seu ex, mas todas as vezes as ligações só caiam na caixa postal, então juntou objetos que poderiam ser cortantes para sua defesa, não conseguia acreditar no que estava fazendo, será mesmo que chegaria a ponto de machucar seu próprio filho?
 Ela aguardava sentada no chão do box, minutos se passavam e nada do garoto consegui arrombar a porta, como se sua intenção não fosse aquela, apenas gritava e chutava. Irritada ela foi até a porta, segurou a maçaneta mas não conseguiu abrir, ela gritou, gritou como nunca havia gritado antes, e todos os barulhos cessaram. Marcela aguardou alguns   segundos, apoiando seu lado esquerdo do rosto na porta na tentativa de ouvir algo, mas nada, então abriu a porta. Andou devolta até a sala e viu que a porta estava aberta, pensava que poderia ser uma armadilha, mas sua vontade de sair dalí era maior que o medo de arriscar, então saiu, primeiro pôs o pé esquerdo depois o outro. Saiu de lá e fez cara de alívio, seguiu até o elevador ainda nervosa, sem suportar a demorar do elevador pra chegar até seu andar optou por usar as escadas, descia de dois em dois degraus, cada passo dado era como se removessem um peso de 40kg de suas costas. Ela decidiu não contar nada a ninguém e passou direto da recepção, viu o carro do ex estacionado na frente do apartamento mas não havia ninguém dentro do carro, ela se aproximou pra ver se a chave estava dentro do carro e testar se a porta estava aberta, mas nenhum das duas coisas acontecera, do nada seu ex aparece atrás dela fazendo ela pular de susto. Ela explicava tudo à ele de forma exasperada, ele sem entender decidiu que tiraria ela dalí e que no caminho ela contava tudo à ele. Marcela aceitou, não tinha outrasOpções, ele era a única pessoa em quem confiança pra aquela situação.
  No caminho ela seguia tremendo e ela de vez ou outra segurava sua mão pedindo pra que ela se acalmasse.
Dez minutos naquela situação, ele decidiu que já estava na hora dela te contar o que tinha acontecido no apartamento:
_Então, você pode me contar o que aconteceu lá em cima?
_Sim...- respondeu trêmula.
_Conte-me.
_O Jason, uma mulher, ambos estavam no chão, ela parecia muito comigo, estava toda coberta de sangue, ele me seguiu mas eu fiquei trancada no banheiro, eu não sei o que está acontecendo com o nosso filho... - caiu em lágrimas.
_Acalme-se, talvez ele tenha um bom motivo pra isso. O que seriam dos grandes bancos se não fosse por você Marcela?
Ela largou o choro, encarou seu ex pasma, sem falar nada, saltou em cima do volante tentando pegar o controle. Os dois jáestavam em uma estrada onde havia poucas casa e pouco transitamento, então não haveria perigo de se chocarem com algum carro.
  O carro deles fazia zig zag na estrada, até que o pneu esquerdo da frente passa por um buraco relativamente fundo na estrada, fazendo o carro capotar. Marcela não havia quebrado nada, pelo menos não percebia no momento, ainda estava acorda e tentou fugir mas foi atingida com um chute na cara e adormeceu.
  Ela tinha acordado, olhava pros lados mas não via nada, estava tudo embaçado, quando sua visão se adaptou ao ambiente percebeu que estava em uma casa velha e muito mal estruturada, amarrada sobre uma cama e com uma fita tapando sua boca. Seu ex, Carlos, apareceu e com uma voz suave disse:
_Pronta para o ritual?

Continua...

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