sexta-feira, 3 de junho de 2016

#19 - Obedece a La Morsa




Obedece a La Morsa é um famoso e bizarro vídeo que circula na internet já faz algum tempo. E existem várias histórias em volta dele, uma diz que nada mais é que um homem chamado Johnnie Baima, que durante a infância sofreu com algumas doenças e acabou se tornando um adulto deformado, além disso, foi estuprado e sofreu diversos abusos. Isso fez com que se tornasse um transexual com anorexia.
  Outras teorias dizem que na verdade "la Morsa" é um video de uma sociedade secreta satânica, que se utiliza de transexuais para seus fins, inclusive fala-se quem existem filiações dessa seita em  diversos lugares do mundo, um deles é o Brasil.
  O vídeo é perturbador e extremamente bizarro, dizem que algumas pessoas depois de vê-lo sofreram  com diversos problemas, que iam desde dores de cabeças,pesadelos e avistamento de vultos.

  Tem coragem? Então confere aí:

terça-feira, 31 de maio de 2016

#18 - Duas faces

 

  Se você começar a ouvir uma melodia estranha, baixinha e lenta (e até mesmo tranquilizante), está na hora de ligar o alerta vermelho. Você pode fazer qualquer coisa – cantar, gritar, dançar –, exceto tentar descobrir que diabo está acontecendo.
  Se você ouve a música e tenta ver o que está do outro lado do boxe, provavelmente verá um vulto. Durante um segundo, você pode até pensar que se trata de sua mãe – será que ela veio pegar a toalha de rosto pra lavar? Torça para não estar errado, pois, se você ver o vulto, provavelmente passará a mão no boxe para desembaçar o vidro e ver que realmente está ali…
  E, provavelmente, no segundo seguinte, estará cara a cara com uma velha, cuja pele do rosto estará descolando: ela sussurrará “duas faces” e, no instante seguinte… Tudoescuro. Você terá desmaiado, sofrido choques térmicos ou paralisia facial. Tudo bem, em alguns casos é reversível. Mas se o seu não for… Bem, sinto muito.
  Se você passou pela experiência e está aqui para contar a história, não fique muito animado. O que se diz sobre a velha que aparece é que ela foi atrás de você por um único motivo: precisa de uma nova face. Se ela não conseguiu a sua de primeira, tentará outras vezes. Não se admire se continuar a ouvir a melodia estranha sair pelo ralo de seu banheiro, ou se ver o vulto da velha sempre que for escovar os dentes. Ela estará à espreita até conseguir o que tanto quer!

segunda-feira, 30 de maio de 2016

#3 - Santo Sudário


É uma das relíquias mais reverenciadas pelos crentes católicos: uma peça de linho que parece ter impressa a imagem de um homem com marcas e sinais de quem foi crucificado.
  Conhecido como Santo Sudário ou o Sudário de Turim - é na catedral do local que a peça fica - muitos acreditam que é a tela que se colocou sobre o corpo de Jesus Cristo quando foi enterrado.
"No começo, era difícil distinguir algo, depois pouco a pouco os ossos se fizeram bastante distinguíveis, como por meio de raio-x, assim como as mãos cruzadas, os ossos articulados, os pulsos destroçados por pregos, um perfil comprido, refinado e angular de um rosto."
Assim foi descrito em 1978, em uma das poucas vezes que foi mostrado ao público.
  Data de fabricação
  Durante séculos o sudário tem sido foco de um intenso debate: como e onde se imprimiu sobre a tela a imagem de um homem crucificado? O professor Michael Tite é um dos especialistas que mais tem pesquisado o tema.
  Ele foi o responsável por uma investigação que começou em 1988 para determinar a data de fabricação do manto usando datação por radiocarbono.
  A própria Igreja Católica havia aprovado o estrito protocolo que se seguiria em três laboratórios que ela mesmo selecionou.
Tite - então responsável do laboratório do Museu Britânico - chegou em abril de 1988 a Turín para o primeiro passo do processo.
  Quantos átomos
  "Trouxeram o sudário da capela atrás da catedral, onde estava guardado, e de onde quase nunca sai", explicou Tite a BBC.
"Não sou crente, assim que para mim não tinha um significado tão importante, mas claro que tinha interesse em vê-lo. É uma imagem extraordinária", disse.
  Havia dois especialistas no ramo têxtil e puderem examiná-lo inteiro para saber se era parte do original e não um remendo. "Ele foi cortado em três partes, envolvido em papel alumínio e introduzido em um recipiente de metal", disse Tite.
  Depois, dois cientistas da Universidade de Oxford examinaram una pequena peça do sudário com um exame para detectar átomos de carbono radioativo.
  Quanto mais velho fosse o sudário, menos átomos de carbono teria.
  Uma vez que isso foi feito, foi enviado ao Museu Britânico, onde se comparou com os resultados dos outros dois laboratórios que participaram do processo, uma de Arizona, nos Estados Unidos, e outro de Zurique, na Suíça.
  Então, os estatísticos combinaram os resultados para dar um número final.
O sudário que, durante séculos, foi considerado o sudário em que Jesus Cristo foi enterrado, era falso.
  Os exames mostraram que foi fabricado entre 1260 e 1390.
  A Igreja nunca havia dito que o sudário era autêntico, então aceitou o veredicto dos cientistas.
  No entanto, também agregou que o sudário ainda poderia ser objeto de veneração, um símbolo do sofrimento de Cristo.
  Tite afirmou que não se sentiu decepcionado com os resultados: "apenas provaram as suspeitas que eu já tinha", disse.
  Sem solução
  No entanto, nem todos reagiram da mesma maneira.
  Houve acusações de que Tite estava envolvido em uma conspiração maçônica, de que os resultados não eram válidos porque a mostra estava contaminada.
O especialista apontou que todas essas dúvidas foram comprovadas nos exames e que o resultado final obtido foi muito preciso.
  Então, como a imagem formou-se?
"Não há evidências reais de que seja uma pintura, não acho que foi pintada", disse.
"Outra coisa estranha é que, se uma pessoa olha todos os quadros da Idade Média e doRenascimento, todos pintam Cristo com cravos que atravessaram a palma da mão", acrescentou.
"Mas, na realidade, se se quer crucificar alguém, para que o corpo se mantenha na cruz, é preciso colocar os pregos através dos pulsos e dos tornozelos."
E assim que se parecem as marcas do sudário.
"Não acredito que seja o sudário de Cristo, mas é muito provável que aí havia um corpo."
"Era o tempo das Cruzadas e uma das formas de humilhar a um cristão era crucificar-lo. Os fluídos provocados pelo estresse da crucificação podem ter provocado a descoloração e a deterioração do sudário", explicou.
Assim que o debate continua sobre qual é a origem do tecido e como a imagem de um homem acabou impressa nele.

Fonte: www.g1.globo.com/

#17 - Caminhos da Mente (Especial Reflita)



 Em 1983, um grupo de cientistas profundamente religiosos conduziu um experimento radical num local desconhecido. Os cientistas haviam teorizado que um ser humano sem acesso a qualquer sentido ou forma de receber estímulos seria capaz de perceber a presença de Deus. Eles acreditavam que os cinco sentidos obscureciam nossa percepção da eternidade, e sem eles um humano poderia de fato estabelecer contato com Deus através dos pensamentos. Um homem idoso, que havia declarado não ter “nada mais pelo que viver”, foi o único voluntário para o teste. Para privá-lo de todos os sentidos, os cientistas realizaram uma complexa operação, na qual todas as conexões dos nervos sensoriais com o cérebro foram cirurgicamente interrompidas. Apesar do voluntário ainda possuir pleno controle muscular, não possuía mais visão, audição, paladar, olfato ou tato. Sem qualquer maneira de se comunicar com ou até mesmo notar o mundo ao seu redor,ele estava sozinho com seus pensamentos.
  Os cientistas o monitoraram enquanto ele falava em voz alta sobre seu estado mental em sentenças confusas que ele nem mesmo podia ouvir. Após quatro dias, o homem declarou estar ouvindo vozes abafadas e ininteligíveis em sua cabeça. Assumindo que aquilo era o princípio de uma psicose, os cientistas deram pouca atenção às reclamações do homem. Dois dias depois, o homem gritou que conseguia ouvir sua esposa falecida conversando consigo, e não parava por ai: ele conseguia se comunicar de volta. Os cientistas ficaram intrigados, mas não estavam totalmente convencidos, até que a cobaia começou a dizer os nomes dos parentes mortos deles. O homem continuou a dizer informações pessoais dos cientistas que só os companheiros e parentes falecidos deles poderiam saber. Nesse ponto, uma considerável parte doscientistas abandonou o estudo.
  Após uma semana conversando com os mortos através dos seus pensamentos, o voluntário ficou angustiado, dizendo que as vozes estavam opressivas. A todo momento em que estava desperto, sua consciência era bombardeada por centenas de vozes, que se negavam a deixá-lo sozinho. Ele frequentemente se jogava contra a parede, tentando induzir alguma resposta através da dor. Ele suplicou aos cientistas por sedativos para que pudesse escapar das vozes dormindo. Essa tática funcionou por três dias, até que ele começou a ter terríveis pesadelos. A cobaia disse repetidas vezes que podia ver e ouvir os mortos em seus sonhos.
  Apenas um dia depois, o voluntário começou a berrar e arranhar seus olhos inúteis, tentando sentir alguma coisa no mundo físico. A cobaia histérica passou a dizer que as vozes estavam ensurdecedoras e hostis,falando sobre o inferno e o fim do mundo. Em certo ponto, ele gritou “nenhum paraíso, nenhum perdão” por cinco horas ininterruptamente. Ele continuamente pedia para ser morto, mas os cientistas estavam convencidos de que ele estava próximo de estabelecer contato com Deus.
  Após outro dia, o voluntário não conseguia mais formar sentenças coerentes. Aparentemente louco, ele começou a arrancar nacos de carne de seu braço a mordidas. Os cientistas rapidamente correram para dentro da câmara de teste e o prenderam numa mesa, para que assim ele não pudesse se matar. Após algumas horas preso, o homem parou de lutar e gritar. Ele encarava o teto cegamente, enquanto lágrimas corriam silenciosas por sua face. Por duas semanas, a cobaia precisou ser manualmente reidratada devido ao choro constante. Eventualmente, ele virou o rosto e, apesar de sua cegueira, o homem fez contato visual focado pelaprimeira vez no estudo. Ele sussurrou “eu falei com Deus, e Ele nos abandonou” e seus sinais vitais cessaram. Não havia nenhuma causa de morte aparente.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

#16 - O Mistério de Marcela // parte 2

 Caso não tenha lido a primeira parte, clique aqui, depois retorne para essa página ;)



 Marcela não acreditava no que via em sua frente, sem pensar palavras surgiam de sua boca e suas dúvidas nunca eram sanadas -"Filho? Porque fez isso? Porque alguém igual a mim está morta no chão? Você fez tudo isso?"- ele a encarou, sorriu de lado e respondeu -"à tempos estamos atrás de você Marcela"- sem deixar que continuasse ela fez outra pergunta -"Por que está dizendo isso filho?"
"EU NÃO SOU SEU FILHO" berrou o garoto!
  Naquele instante ela não conseguiu segurar e lágrimas começaram a cair, como chuvas em um dia de tempestade. Com poucos movimentos, perplexa e trêmula, ela pensou em fugir, mas ao virar-se a porta havia trancado em sua cara.
"Não vai sair daqui até que a ordem nos dadas sem imposta".
  Ela correu e logo pensou em ir ao banheiro, chegou lá e trancou-se. Pensava que seria sua última noite viva, seu coração palpitava tanto que parecia que a qualquer momento  saltaria pra fora.   O silêncio pairava sobre aquele cômodo, mas não por muito tempo, dois minutos depois o "filho" dela voltava a assombrá-la com gritos e barulhos feito na porta, como se fossem chutes e socos. Ela rapidamente ligou pro seu ex, mas todas as vezes as ligações só caiam na caixa postal, então juntou objetos que poderiam ser cortantes para sua defesa, não conseguia acreditar no que estava fazendo, será mesmo que chegaria a ponto de machucar seu próprio filho?
 Ela aguardava sentada no chão do box, minutos se passavam e nada do garoto consegui arrombar a porta, como se sua intenção não fosse aquela, apenas gritava e chutava. Irritada ela foi até a porta, segurou a maçaneta mas não conseguiu abrir, ela gritou, gritou como nunca havia gritado antes, e todos os barulhos cessaram. Marcela aguardou alguns   segundos, apoiando seu lado esquerdo do rosto na porta na tentativa de ouvir algo, mas nada, então abriu a porta. Andou devolta até a sala e viu que a porta estava aberta, pensava que poderia ser uma armadilha, mas sua vontade de sair dalí era maior que o medo de arriscar, então saiu, primeiro pôs o pé esquerdo depois o outro. Saiu de lá e fez cara de alívio, seguiu até o elevador ainda nervosa, sem suportar a demorar do elevador pra chegar até seu andar optou por usar as escadas, descia de dois em dois degraus, cada passo dado era como se removessem um peso de 40kg de suas costas. Ela decidiu não contar nada a ninguém e passou direto da recepção, viu o carro do ex estacionado na frente do apartamento mas não havia ninguém dentro do carro, ela se aproximou pra ver se a chave estava dentro do carro e testar se a porta estava aberta, mas nenhum das duas coisas acontecera, do nada seu ex aparece atrás dela fazendo ela pular de susto. Ela explicava tudo à ele de forma exasperada, ele sem entender decidiu que tiraria ela dalí e que no caminho ela contava tudo à ele. Marcela aceitou, não tinha outrasOpções, ele era a única pessoa em quem confiança pra aquela situação.
  No caminho ela seguia tremendo e ela de vez ou outra segurava sua mão pedindo pra que ela se acalmasse.
Dez minutos naquela situação, ele decidiu que já estava na hora dela te contar o que tinha acontecido no apartamento:
_Então, você pode me contar o que aconteceu lá em cima?
_Sim...- respondeu trêmula.
_Conte-me.
_O Jason, uma mulher, ambos estavam no chão, ela parecia muito comigo, estava toda coberta de sangue, ele me seguiu mas eu fiquei trancada no banheiro, eu não sei o que está acontecendo com o nosso filho... - caiu em lágrimas.
_Acalme-se, talvez ele tenha um bom motivo pra isso. O que seriam dos grandes bancos se não fosse por você Marcela?
Ela largou o choro, encarou seu ex pasma, sem falar nada, saltou em cima do volante tentando pegar o controle. Os dois jáestavam em uma estrada onde havia poucas casa e pouco transitamento, então não haveria perigo de se chocarem com algum carro.
  O carro deles fazia zig zag na estrada, até que o pneu esquerdo da frente passa por um buraco relativamente fundo na estrada, fazendo o carro capotar. Marcela não havia quebrado nada, pelo menos não percebia no momento, ainda estava acorda e tentou fugir mas foi atingida com um chute na cara e adormeceu.
  Ela tinha acordado, olhava pros lados mas não via nada, estava tudo embaçado, quando sua visão se adaptou ao ambiente percebeu que estava em uma casa velha e muito mal estruturada, amarrada sobre uma cama e com uma fita tapando sua boca. Seu ex, Carlos, apareceu e com uma voz suave disse:
_Pronta para o ritual?

Continua...

quarta-feira, 25 de maio de 2016

#15 - Esqueci Meu Celular




 Na noite passada, um amigo me arrastou para fora da casa para pegar a abertura de um show de um bar local. Após alguns drinques eu percebi que meu telefone não estava no meu bolso. Eu verifiquei a mesa onde estávamos sentados no banheiro. Depois de não ter sorte, decidi usar o telefone de meu amigo para ligar para o meu.
  Depois de chamar duas vezes alguém atendeu, deu risadinha rouca baixa, e desligou. Liguei novamente, mas não atenderam de novo. Eu finalmente desisti e decidi ir pra casa.
  Eu havia esquecido o celular em casa. Ele estava na minha cabeceira, exatamente onde eu o deixei.

Fonte: https://www.dossiedofelipe.blogspot.com.br/
 

terça-feira, 24 de maio de 2016

#2 - As Mãos de Dartmoor




  É inimaginável pensar em uma situação onde, de repente, surge um par de sólidas mãos peludas que ataca violentamente motoristas e os joga para fora da estrada.
Acredite ou não, há uma estrada em Dartmoor (Devon, United Kingdom) com infinidades de relatos distintos entre si de tais casos. As vítimas do misterioso fenômeno relatam terem visto grandes e peludas mãos desencarnadas se materializando no ar. Dizem que elas agarram firmemente o volante de seus veículos ou o guidão de suas bicicletas e motos, causando completo terror nas vítimas.

  Durante algumas décadas os eventos foram considerados nada mais que um inocente (embora sinistro) delírio por parte dos moradores supersticiosos do deserto de Dartmoor.
Tal ideia iria mudar drasticamente emjunho do ano de 1921, quando uma tragédia aconteceu.
E.H. Helby, oficial médico na prisão de Dartmoor, morreu no tal trecho da estrada com alto índice de avistamento das misteriosas mãos. O doutor perdeu o controle de sua moto e side-car, no qual estavam sentados seus dois filhos.
Helby teve apenas tempo suficiente para alertar as crianças a saltarem com segurança, o qual fizeram pouco antes do homem ser empurrado de sua moto por mãos sem corpo que haviam surgido no ar, de acordo com os filhos. Ele morreu instantaneamente.
  Em Agosto do mesmo ano um jovem capitão do exército britânico, descrito pela mídia como "um piloto muito experiente", também foi lançado à beira da mesma estrada depois que também perdeu o controle de sua moto.
Significante e incrivelmente, o capitão afirmou o seguinte, em resposta às perguntas da mídia:

"Não foi minha culpa.
Acredite ou não, algo me levou para fora da estrada.


  De repente surgiu um par de mãos peludas fechadas sobre as minhas.
Eu as senti tão claramente; grandes e musculosas mãos peludas.
Lutei com elas com todas as minhas forças, mas eram fortes demais pra mim.
Elas forçaram a moto a ser lançada no gramado à beira da estrada e eu perdi a consciência."

                  

  Isso foi apenas o prelúdio.

  No verão de 1924, a bem conhecida e amplamente respeitada folclorista de Devonshire, Theo Brown, estava acampando em um trailer com seu marido a aproximadamente meia milha da estrada onde praticamente toda a atividade  sinistra estava acontecendo. A moça estava prestes a vislumbrar o pior pesadelo que experimentaria, referente ao mistério das mãos peludas.
Brown, autora de Devon Ghosts e Family Holidays around Dartmoor, disse:

  "Eu sabia que algum poder seriamente ameaçador se aproximava, e admito que deveria ter agido mais rápido.
Assim que olhei para a pequena janela na parte de trás do nosso trailer, vi algo se movendo, e então distingui dedos e a palma de uma mão muito grande, com espessos tufos de pelos em suas articulações e costas; agarrava a vidraça e se rastejava para cima, em direção à parte superior da janela, que estava um semiaberta.
Eu sabia que ela queria fazer mal ao meu marido, que dormia abaixo. Pude sentir que o dono da mão nos odiava e nos desejava mal, e era óbvio que não se trava de uma mão comum; nenhum golpe ou tiro teria qualquer poder sobre ela."

  Ela continuou:

  "Quase inconscientemente, fiz o sinal da cruz e rezei muito para que pudéssemos ser mantidos em segurança. Gradativamente a mão deslizou para fora da área de visão, e então eu sabia que o perigo tinha desaparecido.
Fiz outra prece e caí imediatamente em um sono tranquilo.
Ficamos nesse local por várias semanas, e nunca voltei a sentir a influência do mal novamente perto do nosso trailer."

  O incidente foi o assunto do conselho, e inevitavelmente deu origem a piadas e deboche. A polícia local começou a ignorar os relatórios que passaram a chegar em grande quantidade, atribuindo muitos dos avistamentos à exagerada crença religiosa do local.

  O seguinte relato foi contado ao escritor Michael Willians, autor do livro Supernatural Dartmoor, pelo jornalista Rufus Endle, que afirmou que enquanto dirigia perto de Postbridge em uma data indeterminada, um par de mãos agarrou o volante e ele teve que lutar pelo controle do veículo.
  Felizmente ele conseguiu evitar a colisão do veículo; as mãos, entretanto, simplesmente desapareceram no ar. À pedido de Endle, sua história só foi publicada após sua morte.
Décadas depois a lenda das mãos parecia esquecida, mas em 1960 um motorista foi encontrado morto debaixo dos destroços do seu carro que havia capotado no trecho entre Plymouth e Chagford, na beira da estrada, como era de prado nos relatos envolvendo as mãos.
  Nenhum outro carro foi envolvido no acidente e não parecia ter havido nenhum motivo para que aquilo tivesse ocorrido. Mas quando os peritos da polícia examinaram osdestroços do veículo, não encontraram nenhuma falha mecânica. Esse é um mistério que nunca foi resolvido.

  Motoristas não são os únicos que sofreram os ataques dessa manifestação incomum.
Pessoas à pé, fazendo o seu caminho ao longo do trecho da estrada relataram estranhas experiências e sensações no local, mesmo que eles nunca tenham ouvido falar da lenda das mãos.
  Certa vez um andarilho, apreciando a beleza agreste da paisagem, acabou se empolgando durante a caminhada e acabou ficando lá até o anoitecer. De repente, ele foi foi tomado por um inexplicável sentimento de pânico e ficou paralisado no chão, mas ele não podia ver nenhuma razão para aquela sensação de medo.
Após alguns minutos naquela situação horripilante, tudo se acalmou e ele conseguiu continuar o seu caminho. Ficou confuso sobre a experiência estranha que tinha acontecido com ele, e só mais tardeque ele ouviu a história dos acontecimentos sobrenaturais naquele lugar.

  Ninguém foi capaz de explicar os estranhos acontecimentos nesse trecho solitário de autoestrada.
A única pista para o aparecimento das mãos peludas desencarnadas é que, no distante passado uma aldeia da idade do bronze ocupara esse trecho da então agora sinistra estrada de Dartmoor.
Até hoje relatos esporádicos sobre ataques de mãos desencarnadas ocorrem no local.

Fonte:  http://brabizarro.blogspot.com.br/